Werner Kraus Junior

Resumo: 

  • Graduação em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Santa Catarina (1986), mestrado em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Santa Catarina (1991) e doutorado em Engenharia pela Australian National University (1997). Atualmente é professor no Departamento de Automação e Sistemas da Universidade Federal de Santa Catarina. Com formação em Sistemas de Controle e Automação, dedica-se à pesquisa em Engenharia de Tráfego, atuando principalmente nos seguintes temas: controle de tráfego urbano, prioridade para transporte público, sistemas inteligentes de transportes, coordenação semafórica e tecnologias para controladores de tráfego urbano. 

Doutorado:

  • Australian National University, Canberra, Austrália (1997)

Pós-Doutorado:

  • University of California, Institute of Transportation Studies, Berkeley, Estados Unidos (set/2009 – ago/2010)

Bolsista de Produtividade CNPq – Nível 1D

Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/9910879761251201

E-mail: 

Linhas de Pesquisa:

  • Controle e automação aplicados a sistemas de tráfego e sistemas inteligentes de transporte (ITS):

O transporte de pessoas e de mercadorias é atividade essencial para o funcionamento da economia. Embora haja grande potencial para aumento do transporte ativo (pedestres, ciclistas) nas cidades brasileiras, os meios motorizados de transporte continuarão a ser usados para deslocamentos longos e de cargas. Com o crescimento das áreas urbanas, particularmente das regiões metropolitanas, surge um descompasso entre a oferta de capacidade de transporte e a demanda por deslocamentos, com aumento muito mais rápido desta última em função do espraiamento urbano para fins de moradia e concentração dos serviços e empregos em áreas centrais.

O resultado do tráfego gerado pelos desequilíbrios espaciais das funções urbanas e a capacidade insuficiente de infraestrutura é a formação diária de congestionamentos, que duram várias horas, com consequências negativas tais como atrasos nas viagens, poluição ambiental, consumo excessivo de combustível, desgaste dos veículos, redução da segurança e estresse. Do ponto de vista da oferta, pode parecer que a solução seja expandir a infraestrutura viária para que alcance a demanda. Porém, à parte a lentidão inerente desse processo, as limitações ambientais—falta de espaço para ampliação da infraestrutura—e político-sociais—não é desejável desalojar moradores para abrir estradas—, tornam essa alternativa inviável do ponto de vista urbanístico e econômico-financeiro. Além disso, a demanda exceder a capacidade é apenas parte do problema: um fenômeno agravante é que a formação de congestionamentos e o uso desordenado da infraestrutura viária provocam redução de sua capacidade para valores consideravelmente abaixo daquele para a qual foi projetada.

Neste contexto, as alternativas sustentáveis de se tratar o problema da oferta de transportes são complementares. Por um lado, é preciso criar condições para a troca dos modos individuais motorizados (automóveis, motocicletas) em favor do transporte coletivo. Por outro, deve-se garantir que a operação da infraestrutura seja a mais eficiente possível. Para que isto aconteça, os sistemas de transporte devem operar de forma automatizada com ações tomadas por sistemas de supervisão e controle de tráfego para coordenação dos diversos fluxos de tráfego que usam as vias públicas.

Temas de pesquisa:

  • Modelos para simulação, estimação e controle
  • Controle semafórico reativo ao tráfego vigente
  • Controle operacional de veículos de transporte coletivo
  • Controle operacional de tráfego em rodovias
  • Tecnologias de coleta de dados por multidões (“crowdsensing”)
  • Sistemas cooperativos (integração veículo-veículo e veículo-infraestrutura)
  • Planejamento de infraestruturas de transporte coletivo com automação operacional

Os temas de pesquisa podem envolver qualquer área de pesquisa em desenvolvimento no PGEAS que possa ser aplicada para a resolução de problemas de tráfego e de ITS, como as diferentes disciplinas de controle, sistemas de informação, supervisão, modelagem, otimização, automação, etc. De fato, diversos trabalhos foram e são realizados com o envolvimento de outros professores do PGEAS e seus alunos.

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